Em defesa da preguiça

Recebemos em sala um tema inesperado para fazer uma redação, diga-se de passagem, difícil. Essa narrativa se constituiu pelo fato de não sermos decididos, organizados. Entretanto, a preguiça é algo bom ou ruim?

Preguiça é um substantivo feminino que vem do latim pigritia, “é uma característica ou atitude que demonstra pouca disposição para o trabalho”, segundo dicionário Aurélio, isto é, a demora em praticar qualquer ação. Conta a lenda que Zeus e Hera decidiram se casar. Hermes, o mensageiro, ficou encarregado de chamar todos os seres da terra para a solenidade. O porta voz, chegando na casa de Quelone viu, toda a sua apatia pelo casamento, porém conseguiu convencê-la. A passos lentos foi para Olímpo, mas a lerdeza era tanta que, antes de chegar no meio do caminho a cerimônia já havia terminado. Hermes ficou muitíssimo furioso por ela ser lerda, preguiçosa. Deste jeito, a condenou ao silêncio eterno e de carregar sua casa nas costas sempre consigo. Temos, assim, a preguiça Quelone, a tartaruga!

Aprendemos com o mito que todo ato tem uma reação. E saber reconhecer o erro é uma virtude. Desta maneira, temos que ser virtuosos. E lembrar de nossas obrigações. E se realmente queremos conquistar os nossos objetivos não podemos fazer corpo mole. Lembrar que ser moldado, forjado não é algo fácil. Aceitar as dificuldades para realizar os sonhos, não é simples. Nossa natureza é ficar parado e manter a energia. Recordemos os nossos ancestrais, que utilizava a energia apenas em três casos especiais: alimento, reprodução e fuga dos predadores. Tendo as necessidades satisfeitas eles ficavam parados. Portanto, o segredo é o equilíbrio.

Creio que no final de tudo, a preguiça é necessária, pois relaxar é uma condição muito importante para nossa vida. Desconectar de tudo é bom para a memória, ou seja, faz bem para o nosso corpo e mente. Quando você se permite a um intervalo ajuda manter o próprio equilíbrio. Quando se faz uma disciplina como a matemática utilizamos muito o campo de nossas abstrações. Desta forma, o relaxamento nos ajuda, com a própria saúde. Curtir a tranquilidade, a calmaria, a serenidade é dar atenção para as próprias necessidades humanas. E quem faz a preguiça ser ruim ou bom somos nós mesmos.

O texto, Em defesa da preguiça, foi feito como exercícios para Disciplina Laboratório de Ensino de Matemática solicitado pelo professor. Dr. Marcos Lübeck