O que escrever de sua vida quando não tem nada de especial? De fato, não tenho grandes coisas a falar. Tentei escavar, engendrar e nada de achar tais verbetes para compor o meu texto. Faz, justamente, alguns dias que estou tentando descrever e não sai nada. Sobrecarregado? Talvez. Entretanto, isso não justificaria não fazer a lauda.
O que escrever sobre a minha vida? Isso mesmo. Nem um pouco confortável. Digo isso por não ter aquelas grandes coisas a falar. Histórias emocionantes que quase todos têm. Marcelo Botura Souza. Salvo pela mãe em seu ventre. Diz o médico: “mãe, você ou seu filho?” Gestação, de nove meses, correndo risco de morte. Nasci. Grato estou. Nunca entendemos os tais motivos de uma mãe fazer isso? Mas, feliz por ela ter feito. Aqui estou. Sim, minha heroína! Meu orgulho! Amor incondicional e que a matemática nunca conseguirá quantificar e muito menos demonstrar. Filho de Lidionete e José. Nascido em Palotina. 1988. Irmão primogênito. Lindas irmãs, Thais e Emanoela. Agora surgiu a todo poderosa Sabrina. Novas sensações. Tio. Meio perdido no começo, entretanto, o amor que nem sabia que havia.
Criança, gostava de jogar bola. Época, de condição financeira desfavorável para todos. Porém, a família jamais deixou de faltar alimento. Cresceu e na escola pensava que iria dominar. Entretanto, no segundo ano reprovara. Sim, reprovou. Mas, a causa achou. Soube. A mãe pensou que não estava pronto para seguir a etapa. Refletia, que deveria fazer novamente. Época de muitas confusões. Aluno e professora, duelo de titãs. Nunca se davam bem. Brigas, intrigas e muitos castigos. Que até o armário quebrou. Houve aquele momento especial em que a professora mandou a mãe levar seu filho para o psiquiatra. Vida deu reviravolta. Menino que não tinha perspectivas se formou.