Logo da Universidade Estadual do Oeste Do Paraná – Unioeste. A escolha da logomarca oficial da UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná se deu através do Edital nº. 007/89, de 11 de abril de 1989. Na ocasião, inscreveram-se para este concurso, 86 trabalhos de 62 autores diferentes, e após várias analises optou-se pelo trabalho 22 do pseudônimo “A LUZ DO OESTE”, uma criação coletiva dos arquitetos Nelson Nabhi Nastás, Victor Hugo Bertolucci e Luiz Alberto Círico, profissionais associados e estabelecidos na cidade de Cascavel.
Em defesa da preguiça
Recebemos em sala um tema inesperado para fazer uma redação, diga-se de passagem, difícil. Essa narrativa se constituiu pelo fato de não sermos decididos, organizados. Entretanto, a preguiça é algo bom ou ruim?
Preguiça é um substantivo feminino que vem do latim pigritia, “é uma característica ou atitude que demonstra pouca disposição para o trabalho”, segundo dicionário Aurélio, isto é, a demora em praticar qualquer ação. Conta a lenda que Zeus e Hera decidiram se casar. Hermes, o mensageiro, ficou encarregado de chamar todos os seres da terra para a solenidade. O porta voz, chegando na casa de Quelone viu, toda a sua apatia pelo casamento, porém conseguiu convencê-la. A passos lentos foi para Olímpo, mas a lerdeza era tanta que, antes de chegar no meio do caminho a cerimônia já havia terminado. Hermes ficou muitíssimo furioso por ela ser lerda, preguiçosa. Deste jeito, a condenou ao silêncio eterno e de carregar sua casa nas costas sempre consigo. Temos, assim, a preguiça Quelone, a tartaruga!
Aprendemos com o mito que todo ato tem uma reação. E saber reconhecer o erro é uma virtude. Desta maneira, temos que ser virtuosos. E lembrar de nossas obrigações. E se realmente queremos conquistar os nossos objetivos não podemos fazer corpo mole. Lembrar que ser moldado, forjado não é algo fácil. Aceitar as dificuldades para realizar os sonhos, não é simples. Nossa natureza é ficar parado e manter a energia. Recordemos os nossos ancestrais, que utilizava a energia apenas em três casos especiais: alimento, reprodução e fuga dos predadores. Tendo as necessidades satisfeitas eles ficavam parados. Portanto, o segredo é o equilíbrio.
Creio que no final de tudo, a preguiça é necessária, pois relaxar é uma condição muito importante para nossa vida. Desconectar de tudo é bom para a memória, ou seja, faz bem para o nosso corpo e mente. Quando você se permite a um intervalo ajuda manter o próprio equilíbrio. Quando se faz uma disciplina como a matemática utilizamos muito o campo de nossas abstrações. Desta forma, o relaxamento nos ajuda, com a própria saúde. Curtir a tranquilidade, a calmaria, a serenidade é dar atenção para as próprias necessidades humanas. E quem faz a preguiça ser ruim ou bom somos nós mesmos.

Preguiça é um substantivo feminino que vem do latim pigritia, “é uma característica ou atitude que demonstra pouca disposição para o trabalho”, segundo dicionário Aurélio, isto é, a demora em praticar qualquer ação. Conta a lenda que Zeus e Hera decidiram se casar. Hermes, o mensageiro, ficou encarregado de chamar todos os seres da terra para a solenidade. O porta voz, chegando na casa de Quelone viu, toda a sua apatia pelo casamento, porém conseguiu convencê-la. A passos lentos foi para Olímpo, mas a lerdeza era tanta que, antes de chegar no meio do caminho a cerimônia já havia terminado. Hermes ficou muitíssimo furioso por ela ser lerda, preguiçosa. Deste jeito, a condenou ao silêncio eterno e de carregar sua casa nas costas sempre consigo. Temos, assim, a preguiça Quelone, a tartaruga!
Aprendemos com o mito que todo ato tem uma reação. E saber reconhecer o erro é uma virtude. Desta maneira, temos que ser virtuosos. E lembrar de nossas obrigações. E se realmente queremos conquistar os nossos objetivos não podemos fazer corpo mole. Lembrar que ser moldado, forjado não é algo fácil. Aceitar as dificuldades para realizar os sonhos, não é simples. Nossa natureza é ficar parado e manter a energia. Recordemos os nossos ancestrais, que utilizava a energia apenas em três casos especiais: alimento, reprodução e fuga dos predadores. Tendo as necessidades satisfeitas eles ficavam parados. Portanto, o segredo é o equilíbrio.
Creio que no final de tudo, a preguiça é necessária, pois relaxar é uma condição muito importante para nossa vida. Desconectar de tudo é bom para a memória, ou seja, faz bem para o nosso corpo e mente. Quando você se permite a um intervalo ajuda manter o próprio equilíbrio. Quando se faz uma disciplina como a matemática utilizamos muito o campo de nossas abstrações. Desta forma, o relaxamento nos ajuda, com a própria saúde. Curtir a tranquilidade, a calmaria, a serenidade é dar atenção para as próprias necessidades humanas. E quem faz a preguiça ser ruim ou bom somos nós mesmos.
O texto, Em defesa da preguiça, foi feito como exercícios para Disciplina Laboratório de Ensino de Matemática solicitado pelo professor. Dr. Marcos Lübeck

Marcelo
Ao escrever sobre a minha história pessoal1, creio que seja capaz de até mesmo surpreender-me, pois relembrar do passado não é algo costumeiro. Mesmo sendo fácil acessar as minhas lembranças de infância. Nunca desfrutei de facilidades na aprendizagem e em nenhum momento fui aluno de nota cem. Estar na média, já bastava. Magnetizado com as propagandas vocacionais, oportunidade de morar e estudar fez com que ingressasse no seminário. Período de transformações, crises de identidade, conflitos com a fé. Filosofia me formei.
Lembro-me do sonho de estudar na Unioeste. Aqui estou! Ao recordar desta passagem, foi pelo fato de colegas que se achavam superiores, “os inteligentes”, que somente eles entrariam nesta instituição pública. Advirto ao leitor, que nenhum entrou neste estabelecimento de ensino, ou seja, não basta se achar, tem que fazer por merecer. Sempre tive vontade de ser, através de ações, uma pessoa bem sucedido em algo que fosse importante ou que me completasse. Porque uma pessoa é lembrada por suas ações. O desejo pessoal de construir está correlacionado à família por estar sempre trabalhando na área. Isso criou em mim facilidade em trabalhar na construção e, desta forma, estudar engenharia Civil era certo. Entretanto, para labutar na área teria que estudar. Percebi que existiria uma possibilidade de entrar em uma faculdade, porém requereria a mudança de cidade, de Foz para Cascavel, e isto eu não queria. Desta forma, surgiu lembranças que tinha da matemática. Rememorava as facilidades em lidar com a disciplina. Veio a ideia de fazer Matemática e, aplicar nas disciplinas de engenharia. Entretanto, ao começar o ano letivo, em 2016, pude sentir mudança de minha própria pessoa. Pois, lecionar Matemática, fazer mestrado e doutorado, se tornaram meu novo e precioso sonho. Isso ocorreu devido aos professores que permearam a minha vida. Destaco alguns que tive o contato no cursinho preparatório do Cidade Nova Informa (CNI); Recordo principalmente da maneira que dava aula, o carinho, o zelo, a dedicação, o estímulo e outros. Não posso esquecer do ano de 2012, no mesmo espaço, estudava para um concurso público e encontrei com o ex-reitor da Unila que após horas de conversas me instigou a lecionar.
O que guardo de negatividade, mesmo que seja há muito tempo, foi o início dos meus estudos com uma professora ruim e de péssimo preparo gerando assim a raiva, fazendo-me negar a opção de estudar, optando assim, por querer outras coisas. E para enfrentar esta lacuna foi o interesse pela Matemática que surgiu através de minhas dificuldades pessoais com a própria disciplina. Por fim, depois de relembrar tais passagens que permearam a minha vida fiquei muito feliz porque pude escrever um pouco da minha história. Mesmo que as vezes me sinta muita dificuldade e, às vezes, pareça perdido, creio que seja o meu caminho ser professor de matemática. Atualmente, pude participar de um projeto de extensão (PIBID) Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, que fez a total diferença na minha vida.

Lembro-me do sonho de estudar na Unioeste. Aqui estou! Ao recordar desta passagem, foi pelo fato de colegas que se achavam superiores, “os inteligentes”, que somente eles entrariam nesta instituição pública. Advirto ao leitor, que nenhum entrou neste estabelecimento de ensino, ou seja, não basta se achar, tem que fazer por merecer. Sempre tive vontade de ser, através de ações, uma pessoa bem sucedido em algo que fosse importante ou que me completasse. Porque uma pessoa é lembrada por suas ações. O desejo pessoal de construir está correlacionado à família por estar sempre trabalhando na área. Isso criou em mim facilidade em trabalhar na construção e, desta forma, estudar engenharia Civil era certo. Entretanto, para labutar na área teria que estudar. Percebi que existiria uma possibilidade de entrar em uma faculdade, porém requereria a mudança de cidade, de Foz para Cascavel, e isto eu não queria. Desta forma, surgiu lembranças que tinha da matemática. Rememorava as facilidades em lidar com a disciplina. Veio a ideia de fazer Matemática e, aplicar nas disciplinas de engenharia. Entretanto, ao começar o ano letivo, em 2016, pude sentir mudança de minha própria pessoa. Pois, lecionar Matemática, fazer mestrado e doutorado, se tornaram meu novo e precioso sonho. Isso ocorreu devido aos professores que permearam a minha vida. Destaco alguns que tive o contato no cursinho preparatório do Cidade Nova Informa (CNI); Recordo principalmente da maneira que dava aula, o carinho, o zelo, a dedicação, o estímulo e outros. Não posso esquecer do ano de 2012, no mesmo espaço, estudava para um concurso público e encontrei com o ex-reitor da Unila que após horas de conversas me instigou a lecionar.
O que guardo de negatividade, mesmo que seja há muito tempo, foi o início dos meus estudos com uma professora ruim e de péssimo preparo gerando assim a raiva, fazendo-me negar a opção de estudar, optando assim, por querer outras coisas. E para enfrentar esta lacuna foi o interesse pela Matemática que surgiu através de minhas dificuldades pessoais com a própria disciplina. Por fim, depois de relembrar tais passagens que permearam a minha vida fiquei muito feliz porque pude escrever um pouco da minha história. Mesmo que as vezes me sinta muita dificuldade e, às vezes, pareça perdido, creio que seja o meu caminho ser professor de matemática. Atualmente, pude participar de um projeto de extensão (PIBID) Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, que fez a total diferença na minha vida.
O texto, Um pouco de Marcelo, foi feito como exercícios para Disciplina Didática Aplicada ao Ensino da Matemática solicitado pela professora. Dra. Renata Camacho Bezerra.

Infância...
O que escrever de sua vida quando não tem nada de especial? De fato, não tenho grandes coisas a falar. Tentei escavar, engendrar e nada de achar tais verbetes para compor o meu texto. Faz, justamente, alguns dias que estou tentando descrever e não sai nada. Sobrecarregado? Talvez. Entretanto, isso não justificaria não fazer a lauda.
O que escrever sobre a minha vida? Isso mesmo. Nem um pouco confortável. Digo isso por não ter aquelas grandes coisas a falar. Histórias emocionantes que quase todos têm. Marcelo Botura Souza. Salvo pela mãe em seu ventre. Diz o médico: “mãe, você ou seu filho?” Gestação, de nove meses, correndo risco de morte. Nasci. Grato estou. Nunca entendemos os tais motivos de uma mãe fazer isso? Mas, feliz por ela ter feito. Aqui estou. Sim, minha heroína! Meu orgulho! Amor incondicional e que a matemática nunca conseguirá quantificar e muito menos demonstrar. Filho de Lidionete e José. Nascido em Palotina. 1988. Irmão primogênito. Lindas irmãs, Thais e Emanoela. Agora surgiu a todo poderosa Sabrina. Novas sensações. Tio. Meio perdido no começo, entretanto, o amor que nem sabia que havia.
Criança, gostava de jogar bola. Época, de condição financeira desfavorável para todos. Porém, a família jamais deixou de faltar alimento. Cresceu e na escola pensava que iria dominar. Entretanto, no segundo ano reprovara. Sim, reprovou. Mas, a causa achou. Soube. A mãe pensou que não estava pronto para seguir a etapa. Refletia, que deveria fazer novamente. Época de muitas confusões. Aluno e professora, duelo de titãs. Nunca se davam bem. Brigas, intrigas e muitos castigos. Que até o armário quebrou. Houve aquele momento especial em que a professora mandou a mãe levar seu filho para o psiquiatra. Vida deu reviravolta. Menino que não tinha perspectivas se formou.
O que escrever sobre a minha vida? Isso mesmo. Nem um pouco confortável. Digo isso por não ter aquelas grandes coisas a falar. Histórias emocionantes que quase todos têm. Marcelo Botura Souza. Salvo pela mãe em seu ventre. Diz o médico: “mãe, você ou seu filho?” Gestação, de nove meses, correndo risco de morte. Nasci. Grato estou. Nunca entendemos os tais motivos de uma mãe fazer isso? Mas, feliz por ela ter feito. Aqui estou. Sim, minha heroína! Meu orgulho! Amor incondicional e que a matemática nunca conseguirá quantificar e muito menos demonstrar. Filho de Lidionete e José. Nascido em Palotina. 1988. Irmão primogênito. Lindas irmãs, Thais e Emanoela. Agora surgiu a todo poderosa Sabrina. Novas sensações. Tio. Meio perdido no começo, entretanto, o amor que nem sabia que havia.
Criança, gostava de jogar bola. Época, de condição financeira desfavorável para todos. Porém, a família jamais deixou de faltar alimento. Cresceu e na escola pensava que iria dominar. Entretanto, no segundo ano reprovara. Sim, reprovou. Mas, a causa achou. Soube. A mãe pensou que não estava pronto para seguir a etapa. Refletia, que deveria fazer novamente. Época de muitas confusões. Aluno e professora, duelo de titãs. Nunca se davam bem. Brigas, intrigas e muitos castigos. Que até o armário quebrou. Houve aquele momento especial em que a professora mandou a mãe levar seu filho para o psiquiatra. Vida deu reviravolta. Menino que não tinha perspectivas se formou.
Banco de Pedra: O Ponto de Ônibus Inusitado
Bom dia! Sou Marcelo.
Vou te explicar exatamente este momento do dia.
Estou sentado numa pedra.
Pedra?
Sim, pedra grande. E nesta pedra, há uns 5 anos atrás, meu pai tirou uma foto dela para mostrar a situação de nossos pontos do bairro Cidade Nova.
Sim! Hoje, estou aqui no ponto de ônibus. Céu está lindo. Vento está fresco. Um clima muito bom. E pessoas perto do ponto e que não estão sentadas. Mas, porquê as pessoas não sentam?
Adivinha???
Sim! Isso mesmo, não tem pedra para todos.
Está vindo ônibus linha 10. Sem pedras para todos poderem sentar.

Vou te explicar exatamente este momento do dia.
Estou sentado numa pedra.
Pedra?
Sim, pedra grande. E nesta pedra, há uns 5 anos atrás, meu pai tirou uma foto dela para mostrar a situação de nossos pontos do bairro Cidade Nova.
Sim! Hoje, estou aqui no ponto de ônibus. Céu está lindo. Vento está fresco. Um clima muito bom. E pessoas perto do ponto e que não estão sentadas. Mas, porquê as pessoas não sentam?
Adivinha???
Sim! Isso mesmo, não tem pedra para todos.
Está vindo ônibus linha 10. Sem pedras para todos poderem sentar.

Uma viagem triste
Telefone toca. Angustiado, atendo.
— Alô! Quem é?
— É a tia, Marcelo. O vovô morreu!
Fico trêmulo, sem reação e a tia continua.
— Avisa a sua mãe.
Ligo para mamãe, e o papai atende.
— Quem fala?
— Sou eu, Marcelo!
O pai diz:
— Fala meu filho!
Com a voz trêmula digo:
— Pai, o vovô morreu. Silêncio absoluto.
Minhas irmãs dormiam. E eu descontrolado, apreensivo pela fatalidade de não ter mais o vovô. Mas sabia, que, teríamos de fazer uma viagem não planejada, ingrata! Então disse:
— Acorda meninas, vamos viajar! Arrumem-se!
Thais pergunta:
— O que aconteceu manão?
Respondi quase sem voz:
— O vovô morreu! Silêncio total.
Chegam papai e mamãe. Mamãe se debulhava em lágrimas e suas vestes eram tão tristes quanto seu semblante. Enfim, chegamos em Oroitê, distrito de Iporã, no Paraná. Todos estavam muito tristes, pois fora embora, para sempre, aquele que todos amavam. Saudades para o resto de minha vida.

— Alô! Quem é?
— É a tia, Marcelo. O vovô morreu!
Fico trêmulo, sem reação e a tia continua.
— Avisa a sua mãe.
Ligo para mamãe, e o papai atende.
— Quem fala?
— Sou eu, Marcelo!
O pai diz:
— Fala meu filho!
Com a voz trêmula digo:
— Pai, o vovô morreu. Silêncio absoluto.
Minhas irmãs dormiam. E eu descontrolado, apreensivo pela fatalidade de não ter mais o vovô. Mas sabia, que, teríamos de fazer uma viagem não planejada, ingrata! Então disse:
— Acorda meninas, vamos viajar! Arrumem-se!
Thais pergunta:
— O que aconteceu manão?
Respondi quase sem voz:
— O vovô morreu! Silêncio total.
Chegam papai e mamãe. Mamãe se debulhava em lágrimas e suas vestes eram tão tristes quanto seu semblante. Enfim, chegamos em Oroitê, distrito de Iporã, no Paraná. Todos estavam muito tristes, pois fora embora, para sempre, aquele que todos amavam. Saudades para o resto de minha vida.
