Banco de Pedra: O Ponto de Ônibus Inusitado

Bom dia! Sou Marcelo.
Vou te explicar exatamente este momento do dia.
Estou sentado numa pedra.
Pedra?
Sim, pedra grande. E nesta pedra, há uns 5 anos atrás, meu pai tirou uma foto dela para mostrar a situação de nossos pontos do bairro Cidade Nova.
Sim! Hoje, estou aqui no ponto de ônibus. Céu está lindo. Vento está fresco. Um clima muito bom. E pessoas perto do ponto e que não estão sentadas. Mas, porquê as pessoas não sentam?
Adivinha???
Sim! Isso mesmo, não tem pedra para todos.
Está vindo ônibus linha 10. Sem pedras para todos poderem sentar.


Uma viagem triste

Telefone toca. Angustiado, atendo.
— Alô! Quem é?
— É a tia, Marcelo. O vovô morreu!
Fico trêmulo, sem reação e a tia continua.
— Avisa a sua mãe.
Ligo para mamãe, e o papai atende.
— Quem fala?
— Sou eu, Marcelo!
O pai diz:
— Fala meu filho!
Com a voz trêmula digo:
— Pai, o vovô morreu. Silêncio absoluto.
Minhas irmãs dormiam. E eu descontrolado, apreensivo pela fatalidade de não ter mais o vovô. Mas sabia, que, teríamos de fazer uma viagem não planejada, ingrata! Então disse:
— Acorda meninas, vamos viajar! Arrumem-se!
Thais pergunta:
— O que aconteceu manão?
Respondi quase sem voz:
— O vovô morreu! Silêncio total.
Chegam papai e mamãe. Mamãe se debulhava em lágrimas e suas vestes eram tão tristes quanto seu semblante. Enfim, chegamos em Oroitê, distrito de Iporã, no Paraná. Todos estavam muito tristes, pois fora embora, para sempre, aquele que todos amavam. Saudades para o resto de minha vida.